segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quando se deseja "destruir" a concorrência política, coloca-se em causa a essência da DEMOCRACIA...

Lembram-se da “carneirada laranja”…?

Na freguesia dos ílhavos, sempre alcoviteiros como é de boa norma diz-se agora não tão alto, que a “carneirada” estava sempre pronta a seguir o “ chefe”, fosse ele quem fosse, desde que fosse alaranjado. Não se diz em voz alta agora, porque a célebre “carneirada” laranja que se mantém ainda viva, bem activa, mas um pouco atordoada, viu de forma inesperada chegar ao terreiro, nova “carneirada”, que veste dum vermelho descorado a imitar a laranja azeda desmaiada e que, com mais um pouco de sol na cabeça não demorará a ficar de outra cor. Esta segunda “carneirada” que abocanha qualquer tipo de “pasto” sem deixar uma palhinha que seja para amostra, apresenta-se como um rebanho que tanto pode ser de ovelhas, de bodes, de renegados do rol ideológico, ou de macacos que imitam tudo e que por vezes e quando entram em pânico, fazem aprovar pela “carneirada mor que não pia” códigos do trabalho pastoral e outros, que antes abominavam, para que o resultado do “pasto fiscal” não possa fugir aos impostos, obrigando os carneiros mais velhos, os “chevalecos” mais novos, os professores, os públicos, os magalas, os pobres dos policias e muitos outros a ficar “calados”, porque senão até os “casse-tetes”, os dentes, os ossos, as unhas e o cabelo, serão vendidos em hasta pública para resolver definitivamente o eterno deficit que neste amplo curral até pode “ser para além da morte”. O mais estranho nesta nova “carneirada” é que de repente e sem se saber bem qual é a doença, abandonam os “ abundantes pastos” que com a chuva entretanto caída estão exuberantes e sem dar cavaco, atiram-se a “ comer partidos” e o mais interessante é que os tentam “engolir”com apetite insaciável – ninguém percebe esta atitude e os correligionários que devem estar estupefactos porque decididamente nunca gostaram de “engolir sapos direitas ”, comprazem-se em dizer nada aos quesitos certamente por medo de lhe faltar “ pasto”.
Depois dum esforço inaudito e nunca visto a caçar “niqueles”, parece haver um pequeno esquecimento do esquadrão de caça aos fugitivos inventado como último recurso, visto que pecou em vários sentidos e um deles é que não “pegou” no enorme rebanho tresmalhado que “pasta” diariamente na Avenida da Liberdade onde se “trabalha no duro” na caça às pegas e aos tordos para não falar dos “ barregões”que à noite são mais do que cabelo e poderiam se bem auditados pelo Banco de Portugal desafogar um pouco a ânsia do “pastor mor”, que agora anda inchado de peito para fora com muita graça e ligeireza a imitar o bamboleio do Bush, do Chavez e do Medeveded. O pior e que parece não estar bem previsto pelos muito coadjuvantes sempre atentos aos mínimos pormenores é o relevante facto de que uma recandidatura a “pastor” não pode mentir ao rebanho, porque todos sabemos como acabou a história do lobo que matou o pastor por falta de ajuda do cão, que entretanto tinha sido atraído pelo cio de cadela do rebanho mais próximo e que foi antecipadamente treinado para tal.
Portugal é um pequeno país que vive praticamente no anonimato do mundo, situado na cintura de caça da península que foi “ moura” e acha-se curioso que os nossos bravos “antanhos” tivessem resolvido com facilidade o diferendo, do a quem pertencia o quê, e não tivessem delegado nos genes um qualquer cromossoma hereditário, que aliviasse esta pressão de não se saber aonde vamos ter, quem somos e o que fazemos aqui.
Se existisse uma “varinha do condão” que funcionasse mesmo fazendo desaparecer os obstáculos intransponíveis que sufocam tudo, era de pegar o alfa pendular à falta do TGV e com energia, “espargir”com abundância todos os cantos de maneira a fazer aparecer um novo cenário, pago pelo critério do “justo valor”, onde a competência, a honra, o carácter e a consciência livre, pudessem tomar o lugar que os portugueses sem favor merecem há muito.

domingo, 23 de novembro de 2008

O ensino é matéria nuclear e só os melhores o podem conferir

Estar “chateado” com as opiniões dos outros, significa que todos os contributos são
úteis e bem vindos ao mundo abstraccionista de quem se dá ao trabalho de lançar para a sua área de influência contributos infelizmente devotados aos esquecimento…

A economia intoxicada por produtos financeiros cujo núcleo não era conhecido nos seus verdadeiros desígnios, é um aviso de que algo possa estar a ser desenvolvido e que passa despercebido à maior parte dos mortais que não têm formação para estar alerta. O pilar do ensino, que se atola cada ano que passa arrastando os jovens para “canudos” falsificados e que não representam coisa nenhuma é um patamar de desenvolvimento que parece estar a transformar-se numa rampa de lançamento para quem não deseja concorrênencia. As coincidências são tantas e tão óbvias que tudo leva a crer que algo está errado quando uns sabem tudo e outros não sabem quase nada – este nada, aparentemente inexorável e com patente na inteligência e que parece afectar os portugueses como doença contagiosa, que se propaga estranhamente de forma rápida e geral pode ser o elo que falta, para perceber que alguma coisa anda a tramar os portugueses desde o 25 de Abril. Nos anos 60 os professores (excluída a politica estafada da ditadura) conseguiam resultados excelentes e formavam cidadãos com capacidades reconhecidas o que lhes permitia encarar a vida profissional com calma e ao mesmo tempo permitia criar raízes para as gerações vindouras garantindo deste modo uma tranquilidade da qual se tem hoje muitas saudades.
O vendaval dos professores que assolou o pais nos últimos dias parece ser o “esticar do pernil” para uma classe que doa a quem doer esteve alheada da profundidade da matéria que é importantíssima e afundou os ideais corporativos num comprometimento com a sua própria ambição pessoal, conduzindo a sua “sensibilidade profissional” para uma órbita que para além do seu próprio beneficio, beneficia realmente quem ganha com a pouca formação dos alunos portugueses. A Europa onde os portugueses não deveriam ter só franjas de trabalho desqualificado, repara com incredibilidade que cada vez mais os cidadãos de outros países se instalam em Portugal para dirigir ramos de actividade em lugares executivos – em Portugal não se vê um alemão, um francês ou outro qualquer europeu a “dar o corpo ao manifesto” na construção civil, a construir estradas ou a cortar relva e isto porque nos seus países de origem isso é deixado para os desgraçados dos portugueses e outros, enquanto que para eles está guardado o trabalho “limpo” e ao qual os portugueses raramente chegam. Aos governos não cabem todas a responsabilidades e tendo a noção exacta das responsabilidades que competem aos cidadãos “encafuados no ensino”, percebe-se com muita facilidade a razão do desenvolvimento dalguns pequenos países, enquanto outros, sempre colonizados por falta de formação nas diversas áreas, fazem pensar que o “ ensino” ou leva uma mexida de alto a baixo e produz “matéria prima” suficiente, ou então Portugal vai estar a saque se é que já não está, por potências em expansão e desejosas de dominar os outros pela via da produção cada vez mais enganosa e mais exploradora – algum do ensino utilizado nos últimos tempos em Portugal, encaixa neste perfil de “saco de gatos”, e por descalabro total do que impingiam como ensino, enveredaram por caminhos trauliteiros e a pergunta é se isso ainda continua e não fará parte dum plano mais global para que o ensino e outras traves mestras do estado, estejam ao serviço de terceiros que não dos portugueses – os professores como todos os outros e apesar de se auto considerarem os melhores do mundo, terão de ser avaliados, quer eles gostem quer não.
A última palavra não é do governo, dos professores ou dos sindicatos, mas sim dos portugueses (façam um referendo) que têm sempre a última palavra e podem sempre exigir um ensino para os seus filhos tão “excelente” como os próprios professores reclamam para si próprios, aceitar um ensino paupérrimo que prejudica gravemente todos, ou então, podem escolher como até agora foi feito, trabalho nenhum, trabalho desqualificado ou a janela da emigração que sempre esteve perto para fazer o que seja, desde que se ganhe alguma coisa para sobreviver – os alemães tratam os portugueses e similares de “pigs”, os franceses sempre chauvinistas apelidam os portugueses de “noirs” e por aí fora e os portugueses sempre ingénuos, diligentes e voluntariosos, continuam de saca de plástica na mão a limpar as sanitas, por côdeas secas e bolorentas…e o mais grave é que o ensino que lhe ministraram não permite distinguir com nenhuma precisão, o que lhe interessa e o que devem substituir ou mandar embora…

“O mundo, alguém disse, está dividido em inteligentes e muito inteligentes, – os primeiros aprendem com os próprios erros e os segundos aprendem com os erros dos outros”.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O sonho americano, continua vivo...






A América … sempre a América…

Os políticos continuam a desempenhar um papel crucial nas crenças e conseguem até fazer movimentações no sentido do voto, que por inesperadas, espantam pela singeleza com que o povo quer sempre acreditar, que desta vez é que é – é um fenómeno digno de registo já que nos anais da história ela sanciona a democracia onde quer que ela esteja.
Um presidente negro é um feito que só na América poderia ter acontecido com a facilidade com que aconteceu. É uma eleição que ultrapassa o espaço americano e se distende por todo o mundo – de facto este acontecimento é um fenómeno social com contornos quase místicos, revelando ao mundo que as pessoas querem acreditar que um “salvador” salve o mundo, perdido num mar de confusões e contradições. Esta eleição demonstra que todo os cantos do mundo estiveram atentos ao desenrolar dos acontecimentos como se do próprio país se tratasse. É um caso espantoso e que deve ter deixado os cépticos de boca aberta e um tanto incrédulos na maneira como a América ultrapassa os obstáculos à primeira vista intransponíveis. Muitos, teriam desejado outra coisa e teriam até desejado que a América implodisse na crise e rebentasse como uma bomba desfazendo em pedacinhos a sua enorme capacidade, ou então esperarão no mais profundo do seu âmago que este presidente Obama no futuro próximo se afogue no mar de problemas que tem pela frente, demonstrando à evidência que o “poder instituído” tinha razão quando alertava para a falta de preparação em entender que a América é um dossier demasiado complexo e que não se compadece com quem está agora a florescer nos mares insondáveis dos pensamentos abstractos e filosóficos.
Muitos, serão contra a forma como a América é dirigida, encarando sempre os acontecimentos internos e externos de forma autoritária e quando existe dúvida quanto ao que consideram “assunto vital” tentam esmagar quem se lhe opõe. A América é de facto um “pote de mel e fel”onde se mistura meio mundo e onde pode a qualquer momento abrir-se mais páginas de glória ou de violência gratuita e cega No entanto todos sabemos do caldeirão de oportunidades que pacificamente têm coabitado com êxito no mar imenso que é o território americano – se deixassem a emigração livre de peias burocráticas e quase impossíveis de ultrapassar, alguns países em órbita ficariam desertos – todos esperamos que o milagre americano da segunda guerra mundial volte a nascer com mais solidariedade, mais dialogo e mais vontade de progredir em conjunto.
A América tem pago e vai continuar a pagar uma factura pesada pelo poderio económico que cimentou, mas também sabe com clareza que enfrentará ódios e invejas que tentarão por todos os meios aniquilar a nação mais poderosa do planeta e para isso têm de estar preparados.

Obama talvez tenha dado uma indicação preciosa ao mundo ao “conquistar” a Casa Branca e fará com certeza reflectir muitos outros, no facto de que a Democracia é uma directriz política que se conquista todos os dias com muito trabalho, muita persistência, muita disciplina e muito rigor.