quinta-feira, 22 de julho de 2010

Existe " rotativa" ou Bruxelas controla?



Simplesmente incompreensível ou o “rato” tem queijo escondido?

Simplesmente inexplicável como alguns falam como se houvesse dinheiro a rodos e outros angustiadamente falassem como se os cofres do Estado estivessem à míngua – claro que qualquer censo comum sabe que o fundo de maneio dos cofres está a “bater no fundo” e só os empréstimos sucessivos e compulsivos “cobrem” os débitos correntes e de capital.
Freitas do Amaral um político que “navegou” do CDS/PP para o PS e certamente o faria de bom agrado para outros lados, já que está na situação de boia, defendeu em tese que o Governo deveria nacionalizar a Galp, a EDP, a TAP a PT e outras empresas que tenham posição estratégica e que estejam em perigo perante ameaças de OPA´S estrangeiras, mas não explica como ou quem pagaria as indemnizações -- com a experiência adquirida todos reconhecemos que as nacionalizações deixaram o País de rastos no chamado “Verão Quente”em que Vasco Gonçalves num impulso arrebatador nacionalizou e excluiu do contributo económico os privados, acreditando que o Estado por si só resolveria tudo. Portugal por estas alturas era um País como Cuba, isto é, tudo pertencia ao Estado -- sabemos que Fidel negociou e ainda negoceia autorizações protocolares autorizando consoante o humor do momento, parcerias económicas, ou, à revelia da Instituição Comunista Cubana, muitos aliciam uns tantos para trabalhar fora do País, sangrando com mestria as actividades “criadoras”, que alguns Cubanos profusamente possuem e vendem barato -- os capitalistas portugueses abandonararm as empresas e muitos o País e as nacionalizações transformaram-se numa sangria como não existe memória no velho portugal.
Ora tendo tento num político experiente como é Freitas do Amaral talvez não seja estupidez parar para pensar, até porque ele e tanto quanto expirou não falou em indemnizações, muito menos em dinheiro ou formas de resolver o assunto da nacionalização e aquilo que ele diz faz sentido, isto é, o espaço português não pode simplesmente ser saqueado pelo poder económico, deixando o Estado "sem miolo".
Todos sabemos que qualquer Estado possui um PODER fortíssimo dentro do País, bastando pensar no Zimbabwe posicionado na Africa Austral e onde Robert Mugabe governa em roda livre e com a corda no pescoço dos cidadãos, que se refilarem podem ser facilmente manietados parcial ou totalmente e tendo como certo a fantástica inflação que está quantificada em números astronómicos, o que é um facto incontestável é que o Zimbabwe mexe, não se encontrando à venda por incompetência “empresarial”, lapidação do erário publico ou por falência absoluta -- evidentemente que este safardana não tem na sua órbita quem o possa "travar", mas o que é facto é que Portugal, maior e vacinado, pode sair da UE, embora todos reconheçamos que isso seria uma verdadeira catástrofe e Portugal "morreria", não conseguiria arranjar ânimo para submergir mais uma vez das catatumbas onde " a banca rota" domina os infelizes.
Ora apesar de tudo Portugal não é o Zimbabwe e Cavaco e Sócrates apesar das muitas falhas de base para este último, que se lhe colam na perfeição, não são o Mugabe e os homens e mulheres portuguesas que por aí labutam são bem diferentes do que acontece em latitudes como estas e dão sinais de esperança de que isto vai mudar, tem de mudar e todos devemos no mínimo ficar à espera com a esperança de acreditar que este estado caótico das coisas vai entrar nos eixos – talvez Freitas do Amaral tenha alguma razão na miríade de soluções que um estado como o de Portugal ainda possuí em carteira, daí não se entender bem a contradição das afirmações produzidas e talvez exista no meio de tudo, uma deficiente capacidade do lado de cá, para perceber minimamente como se movem os meandros da administração do Estado no que diz respeito às "acções douradas".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O "velhinho escudo" dá pontapés no "caixão"


Portugal D`Antanho está à venda e não existem compradores.

Os iluminados de ontem que de forma estonteante transaccionaram o escudo convertendo-o em €, hoje tecem “loas” angustiantes à Europa que não tem políticos à altura por isso é obrigatório que se avance para a Federação, fazer um Conselho de Ministros com a Espanha ou então terão de ser estupidamente solidários com os “fadistas”, transferindo fundos para colmatar os “buracos financeiros” que os investimentos à toa proporcionaram – ainda não deram a perceber que sabem que o povo sabe que mais tarde ou mais cedo a Segurança Social e o SNS serão “enterrados” e terão como a justiça de ser pagos a peso de ouro.
Se Portugal sair do € e tivermos de engolir de novo o escudo a catástrofe será tão grande que à data da retro conversão os poucos € entesourados por poupanças de muitos anos de trabalho, voarão num instante para a Alemanha e deixarão o País à míngua – isto é os bancos (todos) num instante ficarão sem “cheta” e o País sem meios para sair do buraco onde os “inteligentes anti fascistas” e pró Europeístas convictos sabiamente nos colocaram – a solução, para esta palhaçada que governa o País será congelar as contas evitando à força a saída em massa de capital vivo, como Salazar nunca o faria, porque “apesar de advogar “o antes só do que mal acompanhado” tinha uma massa cerebral com actividade estratégica e percebia à distância o que os “corvos” desejavam para o jantar – congelar as contas e depois fazer o câmbio, transformando € em escudos desvalorizados, é o maior logro que alguma vez um Estado de Direito sancionou sem discussão.
As elites como sempre “cantando e rindo” acompanham os ventos e não lhes será difícil boiar ao sabor da corrente – alguns, por temperamento filosófico, nem Portugueses já são, portanto até nem têm nada a perder e depois, com sabedoria pacóvia previram o “mau tempo” e estão quase todos reformados ou então estão no bote que os transfere com facilidade daqui para ali e dali para acolá – é uma vergonha o que se passa em Portugal.
Tudo o que tinha e tem valor em Portugal está abandonado e as placas de “vende-se” estão espalhadas aos milhares pelo País fora e isso é o melhor indicador de que o País está “falido” e de banca na valeta a pedir esmola e se calhar algum dia até poderão acoitar-se em bandos de malfeitores que tudo farão para não “serem linchados” nas praças públicas com todos freneticamente a aplaudir.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A Beira Interior tem muitos "fatos", mas não tem quem os vista


Os políticos bem falam da Beira Interior, mas soluções estruturantes para fixar populações não se notam e o horizonte do desenvolvimento para esta região está muito distante, senão num patamar inacessível.

Quem seguir depois da A23 a Estrada Nacional nr. 112 que liga Castelo Branco a Coimbra, fica um pouco zangado com o que os políticos têm feito pela Beira Interior. É certo que existem melhores ligações rodoviárias e é também certo que a reflorestação surtiu efeito, encontrando-se dum modo geral esta zona do interior profundo bem equilibrada com o tom verde que cobre a paisagem, revelando uma tonalidade própria duma zona que incrustada na pedra e no xisto poucas hipóteses tem de alinhavar o desenvolvimento por industrias que não sejam a pastorícia e a florestação. O parque eólico pode encontrar uma ajuda no vento fresco que praticamente corre pelas montanhas, movimentando as pás implantadas nos cumes da cordilheira que por sua vez descarregam a energia produzida nas linhas de alta tenção e que se prolongam a perder de vista. De facto as muitas estradas e auto-estradas construídas seriam uma janela de desenvolvimento se houvesse mercadoria acabada para vender, mas não há, a Beira Interior está entregue ao destino dos chouriços, dalguma pastorícia, do fabrico dalgum queijo e pouco mais – a paisagem está em plenitude mas o que rende e produz desenvolvimento roda as franjas das faldas das montanhas que não tem população residente numa distância de 180 km para trabalhar e moldar o terreno à sua maneira para produzir o que quer que seja – os residentes com implantação real, contam-se pelos dedos e por essa via não existe desenvolvimento quanto mais uma saída para quem se quer fixar e sobrevir nas terras do “demo”, onde a mais pequena distância, serrania dentro, requer esforços sobre-humanos – a Beira Interior não tem sustentabilidade a não ser para as acácias importadas da Austrália, que ferozmente colonizam numa primeira fase as bermas da estradas e depois paulatinamente atulham o interior duma floresta selvagem que não dá esperança ao desenvolvimento sustentado e de forma traiçoeira escondem dos olhares a beleza que circunda a 112 e que poderia ainda se bem estruturada ser uma fonte de rendimento para todos os que procuram num mundo brutalizado quase irracional, encontrar regiões não poluídas, sem ruído e envolta num manto de paz paradisíaca – ou os políticos se deixam de “fintas”e empregam a massa cinzenta para ajudar ao desenvolvimento nesta área bastíssima e de beleza inenarrável, retornando ao cantoneiros que pacientemente limpavam as bermas dando luta à invasão das “ervas daninhas”ou uma área que mistura uma fauna riquíssima com paisagem admirável atolará no pântano descoberto em Lisboa matando o que resta duma esperança para a Beira Interior.
Portugal deve ter uns dois milhões de pobres, três milhões que se esfalfam para pagar a tirania dum Estado que para se sustentar nas ideais luminosas, esgana de impostos e taxas aqueles que ainda trabalham – por inactividade sustentada ou por absentismo reformado o número deve orçar pelos três milhões o que deixa perceber que os Governos até hoje fizeram alguma coisa, mas não nos sítios certos – Portugal está a morrer num paraíso celestial e isso é fatídico como o fado de Lisboa que teima em cantar “ as tábuas do meu caixão”.

sábado, 3 de julho de 2010

Champalimaud, um capitalista que transformou o trabalho e a inteligência em armas para vencer





A erisipela ideológica levada a cabo por um senhor “cabo-de-guerra” rodeado de defesas dispostos em quadrado, táctica, claramente apoiada pelos patriarcas Aljubarrotinos, espalhou a confusão nos eleitores, que não sabem hoje quais são as posições ideológicas dos partidos em “batalha” – inesperadamente o mesmo acontece em relação à eleição presidencial, que decididamente ignora uma figura que embora controversa, representa uma parte substancial daqueles que apostam numa esquerda predestinada e que paulatinamente se tem vindo a proteger das viroses que o capital proporciona para os alérgicos que gostam pouco de dobrar o batente – os exemplos estão aí para quem os quiser examinar com a consciência tranquila e verá muito camaleão inchado e com a língua de fora, pronto a devorar o que quer que seja.

Um exército de camaleões percorre insistentemente o território para “encher a pança” e se isso for insuficiente exigindo uma rede colossal mais rentável, algo vai muito mal neste mundo onde se vendem ilusões a esmo e sem qualquer sentido ético que se oponha à invasão – se, se liquidou a ética porque não cabia nas margens da decência, se as responsabilidades entretanto assumidas continuarem a "criar dívida" e a inventar taxas e mais taxas e a aumentar impostos e mais impostos na procura de colmatar insolvências sucessivas, não tarda a aparecer uma “democracia travestida”, onde os políticos eleitos circularão acima do poder que lhes foi confiado e mais tarde ou mais cedo sentirão um impulso ditatorial que os guindará num abrir e fechar de olhos ao buraco negro do poder – um País, cujas personalidades dirigentes mentem descaradamente, se esfalfam em “golpes de rins” para descobrir ideias luminosas e caminhos iluminados pela sorte, espera necessariamente o milagre que convide ao golpe do poder caído na rua, à salvação nacional ou à ditadura que resguardada, espera ansiosamente pelo momento certo para dar a cajadada.
Um dos patriarcas e ideólogo assumido da táctica de como se devem “eliminar” oponentes e alcançar o controle pleno, expressou finalmente com sagacidade simplista que deseja, para salvar Portugal um Conselho de Ministros conjunto entre Portugal e Espanha para apagar de vez os malefícios duma política desastrosa e que conduziu os portugueses ao “pântano” depois do 25 de Abril – se em vez do caminho do euro a qualquer preço, da invenção administrativa das acções “golden”, da dívida colossal para apresentar obra e tivesse investido na compra de capital estratégico e com olhos de ver o futuro tivesse estruturado as posições “chave” com controle estatutário, enraizado nas empresas que alicerçam os estados com fundações difíceis de remover, talvez agora não reclamasse e pedisse para inventar medidas baseadas na esperteza saloia e em moralidades de interesses mal explicados, que como todos sabemos não passam de retóricas académicas dalgum estudante cábula e imaginativo.

O astucioso Champalimaud que deixou para a posteridade um manual de ensinamentos e um caminho profissional que “cheira” a suor de sovaco fresco, deixou também para a posteridade uma Fundação que ele próprio ganhou enquanto trabalhador e com isso minimiza os ganhos que obteve enquanto guru do capital, distribuindo pelos mais inteligentes um “dote” que atenuará concretamente alguns sacrifícios – esta é a diferença entre quem sabe o que quer do mundo e os que se aproveitam do mundo para fazerem o que querem – um tribunal imparcial com foro interno, talvez devesse colocar nos eixos a justa medida de se ser ou não irresponsável e talvez por esse caminho se refreassem ímpetos de vário tipo que proliferam, que se “julgam a si próprios” e estão armadilhados para protegerem o clã a que pertencem.