segunda-feira, 23 de maio de 2011

Strauss-Kahn não resistiu à inevitabilidade do "apetite primário" e a Europa afundou-se mais um pouco




O Capitalismo precisa de “ negócio fácil” para prosperar – faltando-lhe esse “meio” adoece, entra em depressão profunda dum dia para o outro, transformando num ápice o riso em esgar azedo, a esperança em raiva e a discussão verbal muta com a velocidade da faísca para a guerra civil, arrastando os incautos mais uma vez para a produção de “um negócio lucrativo”.
In extremis, qualquer tipo de guerra, salva o capitalismo que estando moribundo e incapaz de encontrar soluções para prosperar, começa por desenhar um cenário onde se realcem os instintos primários que todos temos camuflados no interior do subconsciente – basta que dois espectadores se levantem e batam palmas, para que a plateia entre em delírio colectivo, basta um tiro para colocar em pé de guerra uma população inteira…
Não é por acaso que condutas sociais de grande significado tenham desaparecido, para dar lugar novamente ao “ discurso da banha de cobra” reinventando um elixir extremo, remédio miraculoso e que resolve os casos fáceis e difíceis com a mesmo prontidão e resultado que os centros de investigação científica. O capitalismo quando se instala na mente com agressividade ilimitada, sem traves mestras que o regulem e que garantam a sua eficácia no leito, pode transformar-se no desabar duma geração e na descrença dum sistema cujo factor comercial foi ou é “ vender gato por lebre”.

Strauss-Kahn que não resistiu aos ímpetos incontroláveis dum ajuste automático no vórtice sexual será por ventura um paradigma da volatilidade do ser humano, que e à falta de possibilidade de conversão anatómica, ainda não sabe como transformar um orgasmo a dois, numa sensação individualizada dentro da massa cerebral, conseguindo por essa via eliminar a barbaridade duma agressão instintiva onde o macho estouvado manieta a fêmea com força descomunal e a rega de sémen vivo – o sinal capitalista que leva Strauss a procurar todos os meios para se salvar da prisão, será uma bandeira para os que acreditam que com uns milhões a mais ou a menos tudo é possível… deste e de outros “capitalismos” todos começamos a estar fartos e não será necessário no futuro que as fortunas individualizadas e sem nexo se acumulem a esmo como se de “palha para dar aos burros” se tratasse… quem produz deve ganhar a “parte de leão”, mas o bicho, não deve ficar impossibilitado de se reproduzir porque senão, acabam os leões……o capitalismo será como a democracia, afinal não existem melhores, o que têm de ter são regras de regulação implacáveis...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Os "seals" foram bem sucedidos, ou falharam?




Ussama ben Laden, morto?

Um ataque da tropa de intervenção dos USA, descobriu o esconderijo de ben Laden e determinados os Americanos destruiram o homem que a CIA procurava alcançar “vivo ou morto”. Muito se dirá sobre o cadáver que foi atirado ao Mar Báltico de acordo com a tradição islâmica, mas uma coisa será certa – mataram Ussama quando o poderiam ter aprisionado para interrogatório, descobrindo elos da rede espalhada pelo mundo e que certamente este homem conheceria – todos pensamos que os Americanos não seriam ingénuos ao ponto de num simples instinto guerreiro e perante uma mansão aparentemente habitada por um número reduzido de pessoas, desatassem aos tiros fazendo desaparecer uma testemunha crucial e que serviria à medida para descodificar uma rede terrorista que apesar de ter perdido uma "cabeça", outras se perfilarão para continuar a saga de descobrir o caminho do seu império – uma tropa especial (seals) nunca faria tal disparate estratégico que comprometeria o futuro do mundo, apesar de se reconhecer o meio hostil onde se desenrolou a acção e onde a pressão para actuar em força e depressa determinassem o desenrolar de toda a operação.
Os Americanos noutro momento da história recente, assumem o papel de guarda chuva mundial onde muitos se acolhem e onde muitos esperam encontrar hipocritamente uma protecção vital sem se imiscuírem, apesar de se saber que os meios bélicos utilizadas na “caça ao homem” tenham uma componente fortemente pessoal e caseira – por razões muito variadas os Estados Unidos lideram uma certa linha de “justiça” que procura impor a democracia, um veneno, que muitos não toleram por saberem que tal estatuto, apagaria da história, tradições religiosas colocadas ao serviço duma revolução que tem por centro nuclear a ditadura da “guerra” sem quartel contra os “infiéis”.

OXALÁ os Estados Unidos, protegendo-se, continuem a albergar no seu guarda-chuva, Países que sem o seu auxilio estariam à beira de catástrofes inimagináveis – basta pensar que se não fosse a enorme armação de defesa contra ataques terroristas colocadas no activo em sectores essenciais para a sobrevivência humana, o mundo estaria em pouco tempo liquidado – como ex -combatente, sei que basta um tiro para colocar em pé de guerra uma quantidade de gente que obviamente não tem atributos bélicos nem formação de base para se defender – um pequeno grupo coloca facilmente em estado de sítio a pacatez social e com rapidez desarma o equilíbrio socio-económico, demolindo num instante todo um esforço de consolidação social de centenas de anos.
Linhas de pensamento que procuram pela força encontrar um modelo social, destruindo inocentes, são acções que só podem ter a antipatia dos Americanos que mais uma vez, defendendo-se, defendem todos os que se abrigam no seu abraço largo e de certo modo amigo, dando a saber que alguém com poder dum verdadeiro Deus, zela por nós - acrescentaria um pedido a João Paulo ll, Beato por coincidência desde ontem, que interceda e se alie junto de quem "pode" para um reforço na ajuda a um mundo à deriva e temeroso do colapso social que está à beira da porta...