quinta-feira, 17 de junho de 2010

Será o caos económico, um modelo artificial para "comandar" a bel prazer as sociedades?

Os Estados estão ou não à "ordem" de quem parasita e comanda "gangs"?

“Comandar” o burgo no passado recente, era coisa fácil, bastava ter esperteza na inteligência e um punhado de coragem no coração para sem problemas se conseguir obter um resultado “administrativo” que quase sempre representava um “sustento” inopinado na arrogância do desafio financeiro e para o qual não se queria de maneira nenhuma concorrer com uma representatividade no trabalho, certa e permanente -- era impensável à data existirem "gangs" e os desatinados com a sociedade percorriam todos os caminhos de "peito feito" e com o sentido afiado de "puta só, ladrão só".
Eram os tempos dos assaltos, em que se roubavam galinhas, fruta, alfaias e por vezes por causa dum marco remexido poderia haver uma sacholada, uma focinhada ou uma cacetada de varapau de eucalipto verde – as bebedeiras que proporcionavam sempre desacatos eram colmatadas por uma GNR que tinha “plenos poderes” sobre os arruaceiros e não raramente a esquadra servida dumas reguadas nos lombos terminava com os sobressaltos que estavam limitados na acção e eram de facto de muito pouca monta. Isto eram tempos que decorriam com a lentidão própria de quem conhecia o tempo que levava um terreno a cavar à inchada e depois obrigava à espera do tempo sazonal para zurzir os terrenos aparelhados, calculando os ares do tempo com muita atenção e calma nas sestas que se faziam quando o sol batia forte, a alvorada para tarbalhar duro "de sol a sol" – os carros de bois puxados por animais pachorrentos e que caminhavam ao ritmo da constituição fisiológica asseguravam que nada, mas mesmo nada poderia fazer-se a conta relógio e isso era o padrão que vigorava no uso e costumes, que vigoravam desde tempos imemoriais – a sociedade vivia com muitas dificuldades, mas as portas estavam abertas a quem viesse por bem e não raramente os “pobres” que viviam longe, eram convidados a pernoitar no palheiro recheado de palha de trigo que proporcionava ao caminheiro andante um sono repleto de tranquilidade – o respeito, a tranquilidade e a confiança social apesar de existirem grandes diferenças, deixavam conviver o cidadão em paz com todos e não raramente se praticava o trabalho comunitário que unia e fortificava a coesão em que todos desejavam viver.

O desenvolvimento aparentemente atabalhoado do “capitalismo insaciável” que sobreviveu em terrenos férteis e fartos, modificou o status vertiginosamente e sem consideração por ninguém e onde ninguém com inteligência antecipou tal descarado assalto, cavou um fosso inultrapassável – planear a riqueza instantânea, “ganhando” a qualquer custo foi a chave e de repente os menos preparados atingiram o topo da pirâmide, relegando para lugares secundários quem tinha o conhecimento, a capacidade e a legitimidade pessoal e académica para liderar a arquitectura politica dos países.
A pequena democracia dos que “entendem” o labirinto construído à sua medida para seu único e exclusivo benefício, não pode continuar e da Universidade tem de aparecer um caminho diferente, que com equidistância honrosa apesar de todos sabermos que o “homem” erra sistematicamente, faça prevalecer um instituto com responsabilidade assistida, no que diz respeito à consciência das “traves mestras” para a reconstrução dum país que está infelizmente è beira da implosão – continuar a pedir desalmadamente emprestado lá fora, para sustentar internamente o que se deve ao país, é um caminho vergonhoso e que deveria dar prisão efectiva e proibição de concorrer a qualquer cargo político ou serviço público, mesmo que esse serviço seja na limpeza de latrinas públicas.

Se, se somarem os impostos, as taxas, as sobretaxas e os crimes sociais ao património e das pessoas que não têm outro remédio senão “aguentar” o prejuízo, os cidadãos se repensarem lucidamente, rapidamente mudarão de profissão e com certeza dedicar-se-ão à agricultara de subsistência, construindo um futuro que pelo menos não deixará passar incólume a “fome negra” – o auto isolamento, talvez provoque cortes no bem estar luxurioso e talvez provoque mais depressa a recessão total, mas uma coisa será certa, o espartilho que asfixia friamente e sem cessar, deixará de ter nas “criações” fantasmagóricas de supersónicos e pontes por tudo e por nada, o combustível que hoje substancialmente alimenta as ganâncias e os egos inchados de quem quer ter placas por todos os cantos, assinalando com esplendor os locais por onde infelizmente passaram – o bem estar para todos e que alguns querem impor como alvo exclusivo, não precisa de “fabricar” para quem não pode comprar e o capitalismo no qual se deseja acreditar, não precisa de ter como dogma o entesouramento tresloucado de dinheiro aos montes.