segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Presidenciais

Presidentes “palhetas” procuram “ um lugar ao sol” num Estado onde existem dívidas galopantes e “bobos da corte” sem palácio para actuar.

“Sons” que emergem das gargantas mais ou menos afónicas e que conspurcam a sonoridade própria do povo que em roda-viva procura subsistir no martírio do dia a dia, confundem o ambiente e ornamentam as “visitas” com um misto de ingenuidade saloia que deve deixar estupefactos todos os que honradamente procuram ganhar o pão de cada dia, naturalmente não cumprindo com as obrigações administrativas que o fisco, sempre atordoado por impulsos, deseja impor.

Um papel na mão, um sorriso patético e uma confrangedora argumentação que sai aos repelões e às vezes sem qualquer nexo, tenta captar simpatias de ocasião e com elas tentar alcançar a Presidência do País que está depauperado nos créditos que giram aos milhões e com um ciclo de parafuso sem fim que um dia promete não parar – dirão que só homens de grande coragem poderiam ter efectuado as reformas que o País necessitava e que o corte dos salários é só um pequeno exemplo do que serão capazes – do que eles não serão capazes nunca é de explicar o porquê de serem os “funcionários” os escolhidos e não todos os cidadãos – todos sabemos o que eles pensaram e vamos ver num futuro próximo se o povo é assim tão invejoso.

As feiras onde é obrigatório entrar nem que seja por uma vez, são o “circo” onde se desenrolam as cenas mais confrangedoras e um local onde o “teatro” desce ao seu pior nível – tudo é fingido, mistificado ao máximo e as caras que se entrecruzam de soslaio espelham o trágico cómico com uma singularidade de deixar os cabelos hirtos – “tá” bom, então vai votar em mim ou não? olhe que os outros são os fascistas de direita, que querem tirar ao povo o SNC e os benefícios sociais – sei lá o que é que está a dizer? Óh homem, estou a falar do Sistema Nacional de Saúde – mas óh sr. engenheiro, desculpe sr. dr., a minha sogra a noite passada, eram três da “matina”, foi de charola para o hospital e esteve quatro horas à espera do atendimento e mandaram-na para casa com uns comprimidinhos para a artrose e a coitada morreu logo que chegou à carrinha – vossemecê está a falar do quê homem? – olhe deixe-me trabalhar que bem preciso, olha este, : - óh freguês dê cá um euro e leve três camisolinhas de autêntica lã virgem e olhem que com este frio até dão um “jeitasso”.
Os mercados são outro local de confrangedora hipocrisia e os beijos os abraços e os bailaricos improvisados ao som de concertinas trabalhadas por mãos calosas engrossadas pelo trabalho que calha, compõem um cenário de autêntica tristeza cénica – nada do que ali se tenta “passar” corresponde ao porte de quem quer dirigir ou mandar num país – não se pede a um professor para o ser, que vá dançar para uma feira, ou que um qualquer director do que quer que seja, encarne o papel dum figurante ao estilo dos Bobos da Corte, que, compenetrados no estatuto se exibiam perante excelências que ao molho compunham um todo excêntrico e que hoje é simplesmente ridículo.

Estamos mais uma vez perto do fim e a “molhada” que se atira às tripas que sobram dos “juízos” esperam que venha a existir uma qualquer outra eleição no curto prazo, esta, a das presidenciais, depois de ser votada já não vale – para bem da sustentabilidade intelectual do povo não existe “segunda volta” mas a raiva do sectarismo político, mantém-se e a certeza de que os ordenados de alguns, serão pagos no vencimento apesar da crise, são uma certeza…

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MARTE o planeta desejado para a transferência


O êxodo do século XXI está em marcha no planeta Terra – o planeta Vermelho Marte é o alvo do novo movimento colonial.

A tecnologia espacial aguçou o apetite da descoberta para além do inimaginável e demonstrando clarividência na vontade de subsistir num mundo descompensado no equilíbrio mental, empurra com convicção “ os melhor preparados” para um mundo diferente e que se deseja melhor construído face ao conhecimento que a Terra permitiu obter a quando da sua colonização por “seres” que evoluiriam da divindade, Pai Filho e Espírito Santo, dalgum plano galáctico de origem secreta, de seres unicelulares, do ácido sulfúrico ou de outra qualquer origem e à qual a ciência ainda não conseguiu monitorizar com minúcia e certeza – um novo presépio espera pelos astronautas e oxalá a história não se repita se algum cataclismo acontecer e as raízes da história ficarem perdidas nalguma pirâmide que impluda sobre o peso do espaço sideral e ao qual não poderá fugir para poder “contar a história verdadeira” – existem hoje meios tecnológicos que asseguram que a transmissão histórica está assegurada.
Os “colonos marcianos” desajustados do segredo molecular e sem as vantagens da adaptação, estagiam algures no segredo dos “deuses”, moldados num perfil de sobrevivência de vida extrema, estarão prontos para o “salto” e não é sem alguma perplexidade que os mortais comuns, se vêm impossibilitados de contribuir para nada do que está em curso visto não terem nenhuma formação nem competência face ao que se desenvolve – restará observar impávidos e curiosidade q.b. o desenrolar dos acontecimentos que para quem está atento, será uma notícia de fractura brutal sem contemplações com o passado ou com eventuais estados de alma e para a qual a consciência nada conta – no futuro, que pode estar a acontecer agora, nada mais será igual e a colonização em curso só pode ter sucesso absoluto se, a vigilância entre quem fica e quem vai, construir altos padrões de exigência moral, intelectual e profissional onde não seja possível alicerçar “poder egoico”, que como na Terra leva ao individualismo feroz e à concorrência selvagem – o desenvolvimento terá de percorrer um traçado de grande exigência e o equilíbrio entre forças deve ser medido com balança de metal nobre, equilibrando sempre que possível desvios subjectivos inerentes à natureza humana – uma coisa será certa, a energia nuclear escapuliu-se pelo buraco do altamente secreto, a escalada espacial está ao alcance de muitos interesses e prolifera já com demasiada facilidade e não será difícil prever uma concorrência desleal e feroz entre “humanos opositores” para colonizar o espaço, que estabilizado na sua transformação estrutural, simples, ingénuo e pacífico nada pode fazer para o evitar – espera-se que uma vez na vida o bom senso humano, controle a ambição da conquista sempre imbuída de poder incontrolável, de lixo tóxico em quantidades astronómicas e forças de mão a mais – a concorrência só é útil quando estruturada com base no interesse universal, porque quando planificada para vencer unilateralmente, passa a ser uma força desajustada passando a fazer parte do problema e não da solução.

Marte, um planeta mítico, espera com serenidade pela diáspora terrestre e com apresentação altiva e senhorial observa expectante o futuro próximo que se desenrola em versão acelerada e com promessas de poder ajudar a alcançar um novo patamar no capítulo da colonização de mundos que existem para além da compreensão humana - todos esperamos que com este êxodo especializado, a Terra, o planeta azul, não seja debochado ao ponto de ser transformado num labirinto carcomido pela podridão.