segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os Portugueses perdem a esperança e vacilam perante um futuro incerto e perigoso


Sócrates no auge da quadra, espirra testerona pelos poros, aprisionando as fêmeas que não resistem à sua extraordinária vitalidade física e de maneira fácil subjuga-as ao harém, proclamando aos quatro ventos a esquerda fantasma, a liberdade a democracia e os benefícios duma sociedade mais produtiva, justa e equitativa – os tempos voltaram a ser “olho por olho, dente por dente” e Sócrates na pujança da sua fenomenal e aparente inexplicável resistência, passeia-se na arena, capeando quem quer que surja, mesmo que à espreita, estejam “resistentes políticos”que por desactualização da cartilha, olham pasmados para o que Sócrates em tão pouco tempo percebeu com clarividência messiânica – o que está para trás é retórica cinzenta e para esquecer, o que o futuro diz é que procurar o rasto da falência resolve o problema da dívida, o resto resolve-se com moratórias e com a necessidade que a Europa de Bruxelas tem de arrebanhar as nações, que antes conviviam isoladas e com fronteiras artificiais – o "nacionalismo" que ainda resiste acaba por se “beber” a si próprio e Portugal como muitos outros “imperturbáveis” passará a ser uma sapataria, uma retrosaria, um talho ou uma drogaria que vende galhardamente a velharia que prolifera a turistas curiosos de perceber como é que o subdesenvolvimento ainda perdura na periferia da União Europeia – a teoria é perigosamente simples, “enquanto o pau vai e bem, folgam as costas” e depois, alguém que feche a porta...porque daqui ninguém nos tira.

Sócrates que é versatil q.b., excessivo na pantomina e um troca tintas profissional, para se transformar num músico de orquestra, no actual contexto politico, não pode parar a meio da pauta, para que alguém lhe estenda uma cábula, indicando-lhe a solução para as deficiências e erros que estão a descoberto na fragilidade com que não respondeu ao rol de insuficiências, não entendendo sequer a harmonia melódica na partitura onde esteve inserido mais de quatro anos a soprar num trombone que descaradamente abafava o desastre em que o País está mergulhado - ontem eram beneficios em catadupa e uma crise que estava em franca recuperação, hoje de semblante carregado dispara já para o momento aflitivo que o País atravessa e do qual não sairá se os "outros" se transformarem " em forças de bloqueio" -- então, onde estão as ideias milagrosas que apregoava e que com ruido ensurcedor exigiu aos outros?

As Legislativas do dia 27-09-2009 darão relevo às ineficiências e demonstrarão no futuro próximo “dicas” que ajudarão a entender quanto “vale” realmente Sócrates como membro de orquestra – ou transporta o arco-íris das ideias que disse aos quatro ventos que tinha, entra no ritmo afinado, quebra a ordem instituída por rebeldia irresponsável, ou discute com o maestro, provocando a cisão para fundar outra orquestra, que como todos sabemos não terá meios para arrancar – todos esperamos que as ideias que insistentemente reclamou, não lhe faltem agora e que a cabeça que se reclama de dinâmica imparável, não lhe sirva no actual contexto sequer para arrancar “impostos” a quem já tem as unhas encravadas por falta de SNS.

Sócrates “bóia” com facilidade as correntes cruzadas e controla com relativo à vontade as dificuldades de correligionários de “peso e sem peso”, aparentando possuir na manga “ilusões” que mesmo quando desmascaradas, têm o condão de baralhar e confundir a opinião pública que o começa inexplicavelmente a encaixilhar como um Sebastião providencial, tornando o seu exercício politico num manifesto messiânico, que pode renascer mais uma vez do desastre de Alcácer-Quibir, deixando a Coroa sem sucessores e que, como todos sabemos os Habsburgos sempre na sombra da esperança de aproveitarem com deleite o interregno de longos anos, não se importarão de esperar com paciência o desenrolar dos acontecimentos que prometem noticia.

Manuela Ferreira Leite, uma dama, que não compreendeu e parece ainda não compreender que a “verdade” já não faz parte do léxico, foi sugada para um turbilhão artificial mortífero e ao qual não poderia resistir – Manuela, cansada pela idade que não perdoa, é uma ingénua que teve o mérito de tentar afrontar uma “tourada” com os cornos ao vivo, quando pensava ir esgrimir uma “campanha eleitoral” com parâmetros democráticos – a democracia conforme foi idealizada no 25 de Abril, já não existe, a liberdade, foi substituída pela fúria de alcançar o poder a qualquer “custo” e a indecência há muito ultrapassou a decência e o “fair play” – com estes ingredientes mortais o “caçador” e aficionados, desancaram sem dó nem piedade, desfazendo o adversário e atirando os bocados ao rio exactamente na curva onde pensam ter a “esquerda” escondida.



Cavaco uma personalidade experiente e ainda a estagiar na Universidade da competência, mas fragilizado pelos meios que não pensava serem colocados na luta entre orgãos de soberania, está enredado, confuso e um tanto desnorteado nos conflitos institucionais que estão em jogo, esperando-se que os acessores saibam aconselhar a melhor maneira de sair do atoleiro -- Cavaco Silva jamais poderá esperar que o governo socialista o respeito e muito menos esteja interessado na colaboração institucional que se esperaria, porque o que está em causa, é uma luta fraticida para conseguir colocar no poder outro presidente correligionário de factos e ideias.

O PPD/PSD que tem raizes populares é no entanto um partido sem raiz ideológica que se veja e os ingredientes para se transformar em estação arqueológica estão activados e se não aparecer um dirigente consistente no curto prazo, poderá ser este o inicio do esboroar que Sá Carneiro certamente não tinha previsto.

Sócrates que tem o caminho armadilhado com o buraco à esquerda que se vê e no qual ele é o principal obreiro, ou está à frente no tempo e sabe do que fala quando assume directivas para resolver os problemas do País, ou se tudo for um bluff irresponsável, procurando na fuga para a frente, uma oportunidade para ficar na história como muitos dos seu “pesos pesados” que deliram com as histórias que “sozinhos” no autismo empreenderam, pode fazer uma diferença insustentável na maioridade económica que atabalhoadamente se procura – se assim for, o impulso ir-lhe-á sair caro, porque os “seus mais dedicados e leais” serão os primeiros a desfazê-lo em pedacitos e a enterrá-lo em local desconhecido, não vá o “demo tecê-las”, modelando um novo santo, descolorindo “os feitos”, não dos que engrandeceram a nacionalidade, possibilitando-lhe a existência, já que esses são imortais, mas daqueles que se refastelaram e ainda refastelam com o pós revolução e com os resultados que estão à vista – estes resultados são infelizmente um atestado de quem fomentou e depois se entreteve com incompetência, a executar “castelos” que qualquer criança faria muito melhor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O sofá é de couro e os camarotes debitam ouro "mate"



A “elite portuguesa” enveredou por carreiros sinistros que antes nunca tinham sido percorridos e parece até, congratular-se com o facto de terem tido sucesso num “reino de cegos”…

Os Portugueses, que não podem viver fora do “povo” e são obrigados a “vergar a verga” todos os dias para sobreviver, apercebem-se dum facto que pode alterar no futuro a “procuração com plenos poderes” que oferecem de mão beijada aos "vendedores" e aos que orbitam na mesma órbita, para (se) comandarem em seu nome – os carreiros sinistros que alguns, muitos, percorrem para se instalarem, estão a demonstrar com rigor que o “povo” é sistematicamente subalternizado, humilhado e utilizado como carne moída para alimentar mentes, que colocam sempre em primeiro lugar interesses, que podem como um elástico maleável, balouçar confortavelmente ao sabor de “ambições” que se movimentam em torno dos corredores de quem construiu, emendou, rasurou, revogou e tem sempre o privilégio do último movimento, para encerrar ou abrir a boca de cena.
As elites e que confortadas no seu sofá de couro, parecem nada ter a ver com a ondulação concêntrica e que inferniza todos os dias a vida quotidiana dos Portugueses, dão mostras duma cristalização monstruosa e quais “Neros” com o louro enrolado na cabeça e o polegar espetado para baixo, perscrutam com distância razoável as massas indefesas, que perdidas, caminham trôpegas com os filhos ao colo e com olhares que “falam” inquirindo sem falar, a razão de tal miserável indiferença.

As mentes delirantes e “a silly season” coexistem em todos os recantos e propagam-se com uma delirante rapidez camufladas em sinais secretos, em risos hipócritas e palavreado fanhoso, atacando mortalmente o sistema criado para e de seguida ser novamente erguido com o suor do “povo” que como o soldado desconhecido deveria ter uma estátua do tamanho da Torre Eiffel.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Usain Bolt, pulverizou a hegemonia americana na incorporação de massa muscular







Bolt, um Jamaicano com reflexos extraordinários, passou num passe de mágica a ser" o mais rápido à face da terra" passando o recorde do mundo dos 100 m, para uns fantásticos 9,69, o que coloca esta pequena Ilha das Caraíbas, castigada com a escravatura, colonizada por Ingleses e Espanhóis, que vive da exploração de minerais, do açucar e do turismo, num patamar que capta atenções especiais, na forma como pessoas aparentemente normalíssimas conseguem vencer de forma concludente, outros com mais meios, mais tecnologia e mais investigação -- vencer a qualquer custo, utilizando meios artificiais, bem o pode comprovar Carlos Lopes, quando perdeu para um "atleta" desconhecido e que à custa de transfusões sanguíneas, que não temos maneira de explicar, ludibriou a generosidade e o trabalho árduo que colocou CL no topo do mundo no que diz respeito à maratona e aos 10.000m.

Bolt, gosta de brincar, ri, gosta de beber um copo, gosta de dançar, cresceu numa vilória sem água potável e possui ao nivel físico uma máquina física oleada e sem falhas, o que pode ajudar quem se sente incapaz em quase tudo -- o slogan Obama, "yes we can", tem aqui um cabimento perfeito, porque de facto quando alguém está convencido de que quer vencer, vence mesmo e nada o pode parar, mesmo que no caminho existam meios artificiais para enganar o que realmente valemos...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A raiz alentejana definha "a olhos vistos"






Grândola, Vila Morê.ê.na, é hoje uma amostra destemperada do que teria sido o "celeiro alentejano", impulsionado por trabalho árduo e conflituoso, ao tempo do 25 de Abril de 1974...



O Alto Alentejo, que irrigou de suor a ceara imensa durante gordos anos, derrama hoje lágrimas de saudade, no oliveiral manso que brota a céu aberto, sem charrua, sem focinha, sem debulhadora, sem capataz, sem latifundiário e sem alentejanos, que cantavam a falar para as gentes com transmutação eléctrica…

Quem percorre a auto-estrada nr 2 ou por saudade transita no IC 1 que liga o Algarve ao Norte e vice-versa, tentando encontrar “paisagem ou alentejanos genuínos”, fica desalentado com as mudanças, que a revolução sancionou e os “autarcas” perpetraram de consciência tranquila – o que era velho, deitaram abaixo, os sabores perderam-se na intriga com a mistura de que tudo vale e os costumes, por “antigos” tomaram outras formas com cintos arreados, saltos de partir costas e cuecas a saltar duma saia preguiçosamente engelhada e onde pontua com descaramento um elástico desfiado e foleiro – o sotaque quase desapareceu, a cavaqueira apagou-se e os ventos que sopram apesar de tudo ainda quentes, deixam uma réstia de esperança soturna, que pode descaracterizar e modificar uma região, que como a do Porto, deveriam ser consideradas por direito próprio, “ Património da Humanidade”.

O dr. Cunhal, verdadeira origem da rebelião popular e que deambulou por estes lados com objectivos defenidos, e onde Zeca Afonso com criatividade ímpar, desenterrou o hino da fraternidade após a “revolução”, dourando a liberdade, nada puderam fazer para estancar uma estafada sina de igualdade social ,que “mata a raíz ao pensamento”, manchando com matizes importadas a identidade das regiões com vitalidade natural – infelizmente e colocando em primeiro lugar uma ansiedade genética, “os ventos de mudança”, empurraram com estúpida oportunidade os alentejanos para outros saberes, outras linguagens e outras roupagens que por desajustadas na essência, fizeram florescer o carnaval do travestido, que faz rir, mas envergonha, quem se “sente”…

A dourada planicie alentejana, definha a "olhos vistos"


Grândola, Vila Morê.ê.ê.na, é hoje uma amostra destemperada do que teria sido o “celeiro alentejano”, impulsionado por trabalho árduo e conflituoso, ao tempo do 25 de Abril de 1974…

O Alto Alentejo, que irrigou de suor a ceara imensa, derrama hoje lágrimas de saudade, no oliveiral manso que brota a céu aberto, sem, charrua, sem focinha, sem debulhadora, sem capataz, sem latifundiário e sem alentejanos, que cantavam a falar para as gentes com transmutação eléctrica…

Quem percorre a auto-estrada nr 2 ou por saudade transita no IC1 que liga o Algarve ao Norte, tentando encontrar “paisagem ou alentejanos genuínos”, fica desalentado com as mudanças, que a revolução sancionou e os “autarcas” perpetraram de consciência tranquila – o que era velho, deitaram abaixo, os sabores perderam-se na intriga com a mistura de que tudo vale e os costumes, por “antigos” tomaram outras formas com cintos arreados, saltos de partir costas e cuecas a saltar duma saia preguiçosamente engelhada e onde pontua com descaramento um elástico desfiado e foleiro – o sotaque quase desapareceu, a cavaqueira apagou-se e os ventos que sopram apesar de tudo ainda quentes, deixam uma réstia de esperança soturna, que pode descaracterizar e modificar uma região, que como a do Porto, deveriam ser consideradas por direito próprio em “ Património da Humanidade”.

Cunhal que deambulou por estes lados com objectivos políticos, e onde Zeca Afonso com criatividade impar, desenterrou o hino da fraternidade após a “revolução”, dourando a liberdade, nada puderam fazer para estancar uma sina de igualdade social que “mata a raíz ao pensamento”, fazendo enegrecer a identidade das regiões com vitalidade natural – infelizmente e colocando em primeiro lugar uma ansiedade genética, “os ventos de mudança”, empurraram com estúpida oportunidade os povos para outros saberes, outras linguagens e outras roupagens que por desajustadas na essência, fazem nascer o carnaval do travestido, que faz rir, mas envergonha quem se “sente”…