quinta-feira, 26 de abril de 2012

Alguns "patrões" do 25, auto excluiram-se da "festança"...

O 25 de Abril de 1974 que foi um acontecimento de extraordinária latitude social, foi aceite por quase todos os portugueses e salvo alguns acenos de pendor saudosista o povo aceitou “embarcar” na nova diretiva política dos três dês, descolonizar, desenvolver e democratizar.

Passaram muitos anos de sonho invulgar e Portugal que tinha uma sombra crónica a pairar sobre o território continental começou a brilhar com intensidade – uma fúria apoderou-se dos políticos e caminhos de cabras foram transformados num ápice em vias modernas, as obras de arte que antes eram um acontecimento raro passaram a ser notícia quase diária e até um comboio de alta velocidade foi equacionado na ligação à Europa - de certo modo e para simplificar Portugal depois do 25 foi “pensado” para competir com os mais ricos e o desenho ambicioso do novo figurino português desejava que o “casaco de grilo” fosse uma vestimenta obrigatória para todos – esqueceram-se de muitas coisas e uma delas foi a de que gerações em massa de emigrantes (nem todos) tinham traçado nas mentes dos residentes dos países acolhedores um perfil de mediocridade que infelizmente se estende até aos nossos dias – todos sabemos que temos gente ilustre portuguesa em todos os cantos do mundo e todos sabemos que é injusta a conotação que maldosamente se atribui aos portugueses espalhados pelo mundo, mas a vida é assim e países que esbanjaram milhões em sinais exteriores de riqueza sem cuidar das reformas estruturais que ofereceriam estabilidade aos seus, merecem o castigo de serem todos catalogados pela mesma medida – Obama quando visitou Portugal para uma cimeira perguntou ironicamente a Cavaco Silva, que estava de mão estendida, se era ali que vivia, no “Palácio de Belém”.

Hoje o 25 de Abril é reconhecido como tendo sido uma janela de que os portugueses teriam uma oportunidade de ouro para se emanciparam de tutelas nefastas, mas uma realidade cruel desceu d´algures e voltou a escurecer o território português, que hoje para além de estar FALIDO, PERDEU a Independência e sofre o descrédito de sermos todos considerados uma cáfila de “borrachões” que não sabem controlar-se, perante a responsabilidade e o fascínio do dinheiro fácil que nos deram para administrar.

Hoje o que nos resta é a dívida, o deficit e o desemprego e uma sensação miserável de que “não somos culpados de nada”, mas a "fuga" de Sócrates a seguir à de Barroso são indícios de que os "ratos estão a abndonar o barco"...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Uma Europa de índole do " golpe do baú" não interessa aos portugueses

Uma Europa oportunista que “pensou” a união com o “isco” do € é uma Europa sem “alma”, golpista e de índole muito duvidosa – temos força para continuar, mas se tivermos de abandonar a União, não teremos uma época miserável muito diferente daquela que os "filipes" proporcionaram.

A eternidade da concorrência é um mau sinal para o capitalismo  e um indício perigoso para a sanidade mental de qualquer cidadão – sabe-se do colapso da construção civil que angariava mais valia constante e isto poder-se-á estender à economia global por falta de resposta financeira do sistema, ocasionando uma implosão com efeito social incontrolável para a generalidade do povo.

Qualquer um sabe que produzir em massa para vender artigos de consumo, utilitários, de luxo ou quaisquer outros desemboca numa “guerra”, que tem consequências no equilíbrio sustentado dos povos, por falta de proventos, podendo ser um dos muitos rastilhos para desencadear destabilização social, que parece estar a ser apoiada e construída no “segredo dos deuses”.

Não é possível sustentar ideias e mais ideias com um único fito, vender, vender, vender – a guerra da concorrência num dia não muito distante ditará as consequências para a humanidade que não tem possibilidade, salvo uma   parcela de 10%, de poder substituir os investimentos que foi fazendo ao longo da vida e com isso aliviar permanentemente os stoks das grandes fábricas - os "sinais do tempo" aconselham muita prudência porquanto o impulso que elimina ou atrasa a saída dos bens produzidos em catadupa para venda e que não têm mercado, está em acelaração - o funil está entupido e parece não haver quem o desentupa.

A inovação e tudo o que gira na órbita do avanço científico e que caminha na senda de produzir ideias e bens mais qualificados e atrativos no custo e que afetam com positividade substancial a qualidade de vida das pessoas é um caminho em oposição ao desvario da produção em massa para consumo, que hoje se sente e que como todos sabemos beneficia feudos enquistados na herança e no click da ideia para ganhar a vida como se tratasse dum euro milhões que se esconde para ser encontrado por alguém mais esperto – sabe-se da natalidade que está em decréscimo acelerado, sabe-se que produzir dá emprego e exportar gera riqueza, mas para alcançar um patamar de auto sustentabilidade económica para países que não têm matérias primas ou sistemas produtivos de excelência, o sistema é inviável, quando outros mais apetrechados e atempadamente se equiparam de tal forma que são fortalezas inexpugnáveis e difíceis de vencer em concorrência – ninguém ganha uma corrida quando vários dos concorrentes já estão posicionados à beira da meta apoiados por sistemas estaduais, equipados com equipamento topo de gama, quando a maior parte, alinham cheios de joanetes, equipados com cabelo cumprido e barba até ao queixo, tamancos e calções até aos joelhos – Portugal só tem uma saída se quiser ser independente e que será reduzir-se à sua insignificância, ganhando folgo corajoso para outro tipo de voo – a Europa precisa das fronteiras abertas até ao mar e Portugal se quiser entrar por aí, coloca o primeiro obstáculo que eles têm de assimilar e pagar pelo justo valor, já que se isso falhar os Alemães não estarão interessados em deixar aberta uma possibilidade de horizonte potencialmente muito rico  – a subjugação, a humilhação e o aceno de periférico incompetente é um outro caminho, mas todos temos de ter a certeza que só, com contra ataque impiedoso ao coração do "ideólogo invasor", poderemos obter o lugar a que temos direito – continuar a ser uma Nação Independente e com centenas de anos de vida útil para toda a humanidade.

Os estados que optaram pelo sistema da cigarra cantante, que têm no endividamento sucessivo uma solução alucinante, ou que e à falta de nacionalismo exacerbado têm como horizonte a ambição do ordenado e se candidatam sem nenhuma espécie de autoridade moral e muitas vezes completamente alheados dos assuntos nucleares que giram na órbita do estado, gerarão mais um período negro da História Portuguesa que terá retorno condicionado e fará derramar lágrimas de fel a todos os portugueses - calro que todos sabemos que os portugueses não são brilhantes em estratégia nem em quase coisa nenhuma, salvo o grande D. João II, mas calemos fundo a esperança de que da "escola" saia "uma mente brilhante" que salve o País.