terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Constituição Portuguesa não defende ninguém...

A Constituição Portuguesa desempenha neste momento explícito a maquiavélica intenção com que foi encomendada, isto é, garante a quem a desenhou um estatuto de verdadeiro guardião dos direitos, liberdades e garantias, que para o cidadão comum não valem nada…

Não vai ser muito difícil num futuro próximo antecipar mais sofisticação na recolha de novos impostos para pagar as loucuras que aparentemente não tem dono – um casal com duas pensões passará a ter só uma e com o amadurecimento do tempo desaparecerá, o IMI incidirá sobre a área coberta móvel das viaturas em movimento, estendendo-se progressivamente este principio a tudo que faz sombra e finalmente os mortos pagarão o imposto de armazenamento abusivo do espaço que, sem “estudo ambiental lhe destinaram” em tempo de vacas gordas …

Os antepassados não protestam por estarem em transição mórbida, os cidadãos atuais sem poderem vencer a inércia que os amarra ao chão, não conflituam porque o tecido social que os rodeia ainda lhes garante um conforto mínimo em tempos de “tudo vazio”…

Na ditadura os mesmos de hoje, garantiam que a censura esvaziava os cérebros retirando-lhe capacidades intelectuais, hoje e com nostalgia consentida, constata-se que e salvo muito poucos, existe uma intoxicação premeditada para saber tudo o que conduz ao não saber nada…

Os arautos que navegam à sombra da Constituição elaborada à medida deram tudo o que lhes pediam, hoje, não querem compreender que a teta está esgotada e por isso insistem na controversa ordem de Salazar, quando exigiu aos militares em Goa, Damão e Diu na Índia, que combatessem até à morte – os “pequenos salazares” que bóiam em tudo que é mordomia percebem, mas fazem crer que não percebem que a ordem é para que o povo lute, até à morte – o capitão dum navio em caso de sinistro em mar alto é o último a abandonar o seu barco, neste teatro eles são os últimos para ficar com os despojos…

Se fosse possível voltar a trás e ter percebido com clareza o mecanismo torpe que o 25 escondia no ventre, muita coisa teria corrido de outra maneira, mas a vida é assim … só os mais espertos, inteligentes e afoitos sobrevivem à incompetência dos que se auto promovem…o resto é treta…

domingo, 14 de outubro de 2012

O Povo está metido numa "teia" de violência nunca antes vista...


Passos Coelho pode e se calhar é mesmo um gestor incompetente, mas, uma coisa estamos todos de acordo, o homem chegou agora e o “buracão do Estado falido” foi meticulosamente construído por outros - por exemplo Soares e Cavacos, que vociferam contra tudo como cães de fila, estão enterrados até ao pescoço neste colossal  pântano e deveriam se tivessem "tento na língua" explicar ao povo, como é que deixaram que um estado como PORTUGAL chegasse aonde chegou …

A saúde no posicionamento vertical, desde o laboratório, hospital, medicamento  e outros que vivem na órbita, vivem à custa do povo doente, isto é a maior parte dos que funcionam no SMS, recebem o salário do Estado, pagando o povo o excedente, que é como quem diz, a saúde é um maná que alimenta um filão de operadores que se alimentam quase exclusivamente da manjedoura do orçamento – é certo que o SNS ainda é bom, mas isso é o que se espera dum governo consciente e honesto que investe bem, no bem estar do povo…

O desenvolvimento de que tanto se fala é um esforço politico que ampara ambições pessoais e a maior parte da vezes revela-se como um desenvolvimento estrutural que ultrapassa as exigências do povo, mas alimenta na primeira linha uma matilha de parasitas esfomeados, que tudo fazem para enganar o parceiro menos experiente, no entanto ainda têm o atrevimento de comer e beber à conta do povo, pois desavergonhadamente sentam-se à mesa do orçamento, ficando com fatia de leão…

As forças armadas e excluindo uns serviços além-mar e uns serviços de policiamento, auto arrogam-se provocatoriamente que são baluartes e os fiscais do governo, mas mais nada fazem durante o tempo todo do que ameaçar,  comer e beber à conta do orçamento…

Importadores, banqueiros, industriais, grossistas, comerciantes de todo o tipo e intermediários suficientes e outros que tais, construíram uma teia de tal agressividade consumista que não serve para nada, mas que não se negam o direito de também se instalarem no centro nuclear da manjedoura, para também comer e beber na mesa do orçamento…

Os grevistas, quase todos debaixo da alçada de empresas públicas, com razão ou sem razão, marimbam-se para o povo, já que, quando contestam, só prejudicam o País e o povo e não prescindem de viver à conta do orçamento - mesmo as empresas de transporte têm de ser autosuficientes, coisa que contestam, porque senão, não existiam transportes privados...

As autarquias de forma clara são um vetor de desenvolvimento, mas outras, sem qualquer objetividade e competência sobrevivem do endividamento crónico e da descentralização financeira do Estado, logo sentam-se com ambição à mesa do orçamento…

A justiça e o ensino, peças nucleares no xadrês e outros quejandos orbitam com segurança institucional com verdadeira sagacidade na mesa do orçamento, sem se preocuparem com os resultados…

Isto é, duma maneira geral todos vivem à custa do povo, pois é sobre estes que recai o ónus da obrigatoriedade de entregar ao Estado uma parte substancial do seu salário, para sustentar dívidas ou para pagar o que não pediu e a maior parte das vezes, até desconhece, que algumas obras luxuosas tenham sido executadas para o seu bem - um governo honesto e competente teria arquitetado uma cintura produtiva rentável por forma a que cooperasse no esforço exigido, diminuindo em caso de crise o esforço a pedir ao povo...

O Povo dum Estado falido e que para tal estado de coisas não contribuiu, protesta e o governo que deveria atuar em seu nome e para o proteger, acossa os cães e os polícias que tanto podem derrubar o povo à bala, à matraca ou se o caso não se poder resolver por essa via, fazem entrar o gás mostarda, lacrimogéneo ou algemas para condução à polícia, que por sua vez marca vez com o juiz - o Povo não precisa que o estado lhe acosse os cães, do que precisa é de alguém que urgentemente coloque o freio nos dentes dalguns e a máquina nos carris…

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O 5 de Outubro revela o "enorme ego republicano"...

Os discursos no 5 de Outubro de 2012 revelam o enorme "ego republicano" ao colocar a bandeira Nacional de "pernas para o ar"...


Os republicanos, não todos, encontram-se nesta data para ameaçar quem quer que esteja no governo e quem não souber do que se trata, pode parecer que Salazar “ saltou da tumba, subiu aos céus e ressuscitou” - estes revolucionários que defendem o seu estatuto de reformados à conta do sistema que contestam, aos quais ninguém pede para fazerem nada, utilizam com desfaçatez o “ agarrem-me que se não mato-o”, vozeirando discursos inflamados de mediocridade traumática ainda exercida pela influência da censura da ditadura que lhes reduziu a liberdade de raciocínio e com um bocadinho de atenção os mesmos que achavam que os milicianos lhe faziam frente na guerra das colónias, acham-se prontos hoje a entrar na peleja política por interesses novamente corporativistas exclusivos e que só os “ coitados” não querem enxergar – o chavão do povo servir de escudo para tudo o que mexe com interesses aos quais nunca chegará, são a maior vergonha que o 25 de Abril gerou e mais, são uma verdadeira afronta a quem trabalhou mais de dez horas dia com controle à peça produzida e que destruiu todos os seus sentidos num trabalho impossível de traduzir com clareza humana, tendo como prémio ao fim de mais de 65 anos de trabalho árduo uma mísera importância mensal.

Apesar desta palhaçada que normalmente acontece em dia histórico, evidentemente que existe um Passos que está submergido no turbilhão dos interesses instalados e não tendo suficiente traquejo político nem capacidade para engenharias financeiras, nem prática empresarial de monta, transforma-se num boneco de tiro ao alvo, sendo inevitavelmente arrastado para uma trama impossível de ultrapassar e que as seitas, os lobies, os clãs acantonados em “canudos”, betoneiras bancárias e tudo o que bóia á roda da sombra governamental como rolhas, aproveitam com sagaz oportunidade – veja-se os caso das famigeradas PPP`s – neste ponto Sócrates e fora o desvario enlouquecido de “apresentar serviço a qualquer preço” era parecido na impreparação…

Para concluir esta versão, o povo fica espantado da “razão patriótica” que leva os políticos a não aprovarem a moção de censura apresentada contra o governo e que abriria a possibilidade de derrube do sistema…a troika da qual muitos dizem o piorio, esclarece uma verdade inquestionável – os que querem a toda a força e sempre em nome do povo, uma guerra com a Europa industrializada que os leve a sair do €, continuam com o ordenado garantido e o povo, que não tem culpa nenhuma do bacanal instaurado com o dinheiro dos outros, está à beira da miséria…este é o 5 de Outubro que devia envergonhar muitos dos presentes em cadeiras almofadadas e forradas  a veludo vermelho…