domingo, 23 de novembro de 2008

O ensino é matéria nuclear e só os melhores o podem conferir

Estar “chateado” com as opiniões dos outros, significa que todos os contributos são
úteis e bem vindos ao mundo abstraccionista de quem se dá ao trabalho de lançar para a sua área de influência contributos infelizmente devotados aos esquecimento…

A economia intoxicada por produtos financeiros cujo núcleo não era conhecido nos seus verdadeiros desígnios, é um aviso de que algo possa estar a ser desenvolvido e que passa despercebido à maior parte dos mortais que não têm formação para estar alerta. O pilar do ensino, que se atola cada ano que passa arrastando os jovens para “canudos” falsificados e que não representam coisa nenhuma é um patamar de desenvolvimento que parece estar a transformar-se numa rampa de lançamento para quem não deseja concorrênencia. As coincidências são tantas e tão óbvias que tudo leva a crer que algo está errado quando uns sabem tudo e outros não sabem quase nada – este nada, aparentemente inexorável e com patente na inteligência e que parece afectar os portugueses como doença contagiosa, que se propaga estranhamente de forma rápida e geral pode ser o elo que falta, para perceber que alguma coisa anda a tramar os portugueses desde o 25 de Abril. Nos anos 60 os professores (excluída a politica estafada da ditadura) conseguiam resultados excelentes e formavam cidadãos com capacidades reconhecidas o que lhes permitia encarar a vida profissional com calma e ao mesmo tempo permitia criar raízes para as gerações vindouras garantindo deste modo uma tranquilidade da qual se tem hoje muitas saudades.
O vendaval dos professores que assolou o pais nos últimos dias parece ser o “esticar do pernil” para uma classe que doa a quem doer esteve alheada da profundidade da matéria que é importantíssima e afundou os ideais corporativos num comprometimento com a sua própria ambição pessoal, conduzindo a sua “sensibilidade profissional” para uma órbita que para além do seu próprio beneficio, beneficia realmente quem ganha com a pouca formação dos alunos portugueses. A Europa onde os portugueses não deveriam ter só franjas de trabalho desqualificado, repara com incredibilidade que cada vez mais os cidadãos de outros países se instalam em Portugal para dirigir ramos de actividade em lugares executivos – em Portugal não se vê um alemão, um francês ou outro qualquer europeu a “dar o corpo ao manifesto” na construção civil, a construir estradas ou a cortar relva e isto porque nos seus países de origem isso é deixado para os desgraçados dos portugueses e outros, enquanto que para eles está guardado o trabalho “limpo” e ao qual os portugueses raramente chegam. Aos governos não cabem todas a responsabilidades e tendo a noção exacta das responsabilidades que competem aos cidadãos “encafuados no ensino”, percebe-se com muita facilidade a razão do desenvolvimento dalguns pequenos países, enquanto outros, sempre colonizados por falta de formação nas diversas áreas, fazem pensar que o “ ensino” ou leva uma mexida de alto a baixo e produz “matéria prima” suficiente, ou então Portugal vai estar a saque se é que já não está, por potências em expansão e desejosas de dominar os outros pela via da produção cada vez mais enganosa e mais exploradora – algum do ensino utilizado nos últimos tempos em Portugal, encaixa neste perfil de “saco de gatos”, e por descalabro total do que impingiam como ensino, enveredaram por caminhos trauliteiros e a pergunta é se isso ainda continua e não fará parte dum plano mais global para que o ensino e outras traves mestras do estado, estejam ao serviço de terceiros que não dos portugueses – os professores como todos os outros e apesar de se auto considerarem os melhores do mundo, terão de ser avaliados, quer eles gostem quer não.
A última palavra não é do governo, dos professores ou dos sindicatos, mas sim dos portugueses (façam um referendo) que têm sempre a última palavra e podem sempre exigir um ensino para os seus filhos tão “excelente” como os próprios professores reclamam para si próprios, aceitar um ensino paupérrimo que prejudica gravemente todos, ou então, podem escolher como até agora foi feito, trabalho nenhum, trabalho desqualificado ou a janela da emigração que sempre esteve perto para fazer o que seja, desde que se ganhe alguma coisa para sobreviver – os alemães tratam os portugueses e similares de “pigs”, os franceses sempre chauvinistas apelidam os portugueses de “noirs” e por aí fora e os portugueses sempre ingénuos, diligentes e voluntariosos, continuam de saca de plástica na mão a limpar as sanitas, por côdeas secas e bolorentas…e o mais grave é que o ensino que lhe ministraram não permite distinguir com nenhuma precisão, o que lhe interessa e o que devem substituir ou mandar embora…

“O mundo, alguém disse, está dividido em inteligentes e muito inteligentes, – os primeiros aprendem com os próprios erros e os segundos aprendem com os erros dos outros”.

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