sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A "opinião" ainda é um baluarte da democracia



Saramago, traquinas e com a ingenuidade estampada na cara, afirma que os “textos bíblicos precisam dum tradutor para serem percebidos e que a Igreja nada sabe sobre Deus” – Saramago que convictamente escreve preto no branco, jurando não creditar na “Fé” que não cultivou e que o “empapou” enquanto jovem, acaba no entanto por descrever Deus como se o conhecesse e sem mais aplica-Lhe epítetos genéricos, demarcando-Lhe terrenos menos lisonjeiros e que O caracterizam definitivamente no campo da negação e do embuste religioso.

Talvez Saramago tenha sido apanhado no “fervor” dos tempos e não tenha compreendido os sinais misteriosos e talvez a Igreja não saiba realmente nada sobre Deus, mas os milhares de cidadãos anónimos que percorrem em peregrinação infatigável os caminhos de Fátima, duma forma peregrina e convicta, talvez possam ajudar na dificuldade de compreender o que não é percebido à luz da racionalidade -- o corropio humano que "escorre"de todos os lados do País e que incansavelmente "empapa" de mistério a "razão" de tanta preseverança, talvez seja uma incógnita numa equação que no final das contas, realça no mínimo o desejo de se fazer uma reflxão com perguntas que evidentemente não terão a resposta que Saramago ingenuamente não faz, porque parte do princípio pleno e absoluto que a razão está inequivocamente do seu lado.

A humanidade move-se por terrenos, que à luz da razão parecerão retrógrados e poderão dificultar entender que uns “terão à mercê o reino dos céus, enquanto outros terão à mercê o reino dos infernos” – sabendo o que se sabe dos avanços inimagináveis que a ciência imprime à compreensão do Universo e do quotidiano, talvez seja possível num futuro próximo, que nos seja possível alcançar o “milagre” de executar com perícia um salto à vara de 7 m – sabemos que a perseverança é um dos caminhos para alcançar sucesso, o que à primeira vista poderá deixar abrir no futuro próximo uma janela que apesar de indetectável com o conhecimento actual, poderá permitir que um relâmpago de luz faça expor o inconsciente à luz do dia, deixando perceber com facilidade os segredos que ainda “comandam a vida” nos meandros cerebrais e que teimam em permanecer secretos nos desígnios de quem construiu a maravilha que todos os dias se compraz em “renascer” para gáudio de quem teve a felicidade de ter “nascido"

Sem comentários: