sábado, 11 de setembro de 2010

O Munícipio de Ilhavo, um "oásis" no centro do furacão








ÍLHAVO, rodeado por um mar de desgraça e crise, avança e desbrava novas acessibilidades, virando o Concelho do avesso.

Em tempos idos, que recordo com saudade e quando a Assembleia Municipal era um local ao qual dedicava uma simpatia municipal, logo se reconheceu que o jovem eleito Ribau Esteves demonstrava ser um autarca muito promissor. Numa das perguntas nas primeiras reuniões da AM sobre o que desejava para o Concelho, o jovem autarca eleito Presidente da Câmara, com o sobrolho carregado e a mão no "gatilho", ripostou que iria “virar Ílhavo do avesso” – não conseguiu ainda virar tudo, porque os obstáculos são muitos e também por força duma lei mesquinha, não terá tempo político para o concluir, mas a obra que deixará para os vindouros terá consequências evidentes na qualidade de vida e na operacionalidade, perpetuando para o futuro marcas irreversíveis na traça urbana global que foi substancialmente alterada para melhor e que, de forma consistente diminuiu as assimetrias entre freguesias, unificando de vez o Concelho. As cinturas internas e as ligações preferenciais às auto-estradas, algumas ainda em curso, oferecem janelas alternativas de deslocação quase milagrosas, pois parecia impossível desbloquear grandes áreas de terreno rústico, colocando ao alcance do cidadão uma outra visão sobre o Município que antes só possuía como característica histórica, o mirrado centro nuclear onde tudo se passava -- num pequeno perímetro urbano encontrava-se o Cinema, onde se exibiam filmes de cow boys em super scope, o “Texas” onde se recriaram grandes momentos cénicos, a Rádio Faneca que explorava ritmos Sul Americanos e publicidade “enganosa”, o Mercado, gelado como na Noruega, os CTT, com a prepotência instalada, a Escola Nova onde os professores arriavam lestos nos alunos e finalmente “o passeio dos tristes” à volta do velho jardim que de forma pausada e carrancuda, com as “velhas” sentadas nos bancos circundantes a controlar os avanço dos “engates”, emoldurava com simplicidade e voluntarismo ancestral a evolução social que se apresentava estagnada e sem luz ao fundo do túnel.
Hoje e quem não conheça o Concelho, percebe fácilmente que este representa um espaço moderno, que luta todos os dias para melhorar o espartilho que ainda atrofia a população e faz das “tripas coração” para enfrentar as dificuldades que outros profusamente espalham a esmo, não percebendo que quando alguém ou alguma coisa possui atributos autárquicos intrínsecos, por isso raros, deve-se avançar com respeito institucional, deixando de lado ressentimentos e incompetências políticas que são neste momento o que mais prejudica o País.
Porque a CMI se tem portado à altura dos tempos conturbados que assolam o País e porque está empenhada em investimentos de reclassificação urbana, escolar e outros,de grande envergadura financeira, que modificarão para sempre o Concelho, um simples aceno de simpatia e reconhecimento, talvez sirva de incentivo para o Presidente continuar “cá dentro ou lá fora” com a competência que os munícipes sem favor reconhecem.

1 comentário:

Jonh Peter disse...

A verdade é só essa... num país em que vivemos rodeados de gestores incompetentes, é sempre de louvar quando se encontra modelos a seguir ... e ílhavo é o modelo a seguir graças ao seu excelente timoneiro.... parabéns ao autor e ao timoneiro.