quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ellen Johnson Sirleaf
Leyman Gbowee
Tawakkul Karman


O Instituto Norueguês do Nobel passou a ser açambarcado!!! por mulheres de têmpera rija e isso é um reconhecimento de mérito que tardava a chegar ao adro – uma atenção meritória, pontual q.b., talvez reponha uma pitada de mel na injustiça que com certeza vai ficar mais uma vez no sótão da memória atulhado de poeira – “homem que se preza” não oferece Nobel a mulheres, a não ser que deseje passar despercebido no mundo dos cínicos.

Homens sem curriculum que reconhecem dotes extraordinários no “sexo fraco” é um avanço extraordinário perante os serviços que estas prestam ao mundo e um sintoma de que os tempos do desaforo estão a mudar – a força bruta que dominava e ainda domina infelizmente as mulheres prolifera aqui e acolá mas o tempo encarregar-se-á de confiscar e destruir as armas que serviam e servem para anular o poderio que muitas, mesmo muitas mulheres exibem e que a todo o momento fazem confrontar em terreno aberto com o colapso mais de que justificado da incompetência com que alguns, poucos, homens se fazem pavonear num egocentrismo desqualificado e que desagua no umbigo atulhado de esterco – se as mulheres comandassem “os mundos” era certo que nunca perderiam tempo a inventar bombas termonucleares para equilibrar estratégias de poder entre pares ou sequer perderiam tempo a brincar às escondidas com a arrumação de castas, clãs e teorias políticas de comando estratégico – o caminho seria o da razoabilidade familiar e a esteira que deixariam a brilhar no negrume da noite seria uma ancoragem segura e que a todo o tempo se poderia recorrer para descansar e fugir à intempérie.
Num hospital de campanha, numa catástrofe, numa zona de refugiados, ou num grupo de voluntários para auxiliar, as mulheres desempenham um papel natural e sem elas o sofrimento das populações mais fragilizadas seria muito mais impiedoso e calamitoso – os barrigudos, cabeçudos e estrategas do comando que colocam o poder junto aos beiços, perfilam-se mais na corrida ao ouro e olham com sobranceria para “o trabalho menor” que acham ser um destino divino do mulherio que nasceu para brincar com trapos, tachos e bonecas – é verdade que nem todos os “machos” se movimentam neste sentido, mas o que sobressai é a pouca quantidade e qualidade com que alguns se atrevem a percorrer caminhos mais simples, engrossando um movimento que deveria ser muito mais solidário, forte e aguerrido – as mulheres suportam um fardo exagerado e poucos lhe reconhecem o papel no arco do poder e isso faz pensar que talvez se esteja a cometer um erro imperdoável.

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