quinta-feira, 28 de maio de 2009



“Viver” no jardim Zoológico seria a felicidade eterna…

O retorno às origens seria uma revisão mental salutar e talvez desse excelso lugar se pudesse esquecer o caos instalado, onde os direitos e as obrigações são uma miragem fatídica e onde cada um “per si”, “rouba” mais do que o outro, aos eternos outros.
Numa situação social catastrófica a “vergonha”, coisa sem história dum passado recente, bóia como uma cortiça num mar de podridão intelectual, provocando um delírio colectivo que normalmente termina em bebedeiras de facilidade de como se pode sair da miséria mais extrema, numa escassa contagem do votos – é fácil, é barato dá milhões e nem sequer é preciso “atestado de inteligência” de coisa nenhuma nem “testamento vital”…

Há dias um macaco ingénuo que reside no ZOO, amigo incondicional e que sabia que a visita não era para lhe pedir votos para o digníssimo directório dos macacos, olhou para os amendoins que sabia serem seus e num gesto de camaradagem entre pares, subiu na gaiola até ao topo e com solenidade irracional, foi lançando com ar matreiro e de quem tem a barriga cheia, um amendoim de cada vez ao ar, que com a perícia de caçador experiente, ficava ao alcance da comunidade que fraternalmente o rodeava…

O macaco do ZOO, bem podia ser um cabeça de lista “fixe”, que não colocaria a “eutanásia” no pacote das prioridades, mas garantiria com certeza a distribuição de amendoins com sagacidade solidária, não deixando por princípio selvagem, que ninguém morresse à mingua…

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