terça-feira, 22 de março de 2011

Catástrofes irmanadas no dia 11.


No mundo virtual em que nos querem fazer viver é mais fácil consumir um bem acima da exigência quotidiana, do que plantar arroz ou cultivar nabos de rama farta para reprimir carências.

O planeta que se rege por patamares de imponderabilidade de ajuste automático vocifera de quando em vez, fazendo ouvir o ronco das entranhas que por milagre ainda se mantêm secretas, desafiando a curiosidade de calcular o que será, quando, o recôndito virgem, passar a ser uma descoberta cientifica colocada ao alcance de “espertos” que proliferam como qualquer graminácea importada para controlar uma praga dos gafanhotos.
O sonho dum qualquer economista que sabe que não é “adivinho” mas que sonha com experimentações loucas de redução de custos e aumento de receitas, desejando alcançar um clímax intelectual que jaz frustrado no sótão onde a velharia prospera, mas que se libertado poderia colocar à mão, o grande sonho alquímico de transformar ferro em ouro, é o mar errado em que navegamos no delírio do consumismo incontrolável e que um dia tornará o mapa mundo irreconhecível.
O ataque terrorista ao World Trade Center num dia 11 e que assassinou milhares de cidadãos que simplesmente estavam fora das “lutas de poder” e trabalhavam para sobreviver no caldeirão de New York, precisa no dia uma coincidência bizarra, quando no mesmo dia 11 dum outro ano do mundo e do tempo, no Japão, acontece mais um “cataclismo bíblico” com origem nas “forças da natureza” e que fazem perceber que as centrais atómicas são um jogo perigoso na mão de economistas loucos.
Quando a natureza aparentemente selvagem se faz explodir abrindo caminho à força de vagas de trinta e cinco metros de altura gerando forças colossais os “pensadores da economia virtual” logo se apresentam, não para proteger a costa da fúria dos elementos, nem para fazer desaparecer um "cancro" artificial perigosíssimo, mas sim para reestruturar, redesenhar, estruturar e repensar a segurança das centrais nucleares que serão no douto entender dos iluminados da engenharia atómica a única solução para a carência energética em que o mundo global chafurda - as energias renováveis sendo meios propulsores lentos e pouco rentáveis e que por mais que se reciclem não resolvem em tempo real a pressa de alcançar uma velocidade que anule de vez a distância entre dois pontos, estão fora de questão e fazem parte dum outro patamar no mundo cada vez mais cego, surdo e mudo.

O barco ilustrado e que a onda gigante levantou como se fosse uma pluma, oferece de mão beijada a resposta – o SOL, a chuva, o vento e o MAR são um dínamo de grande potência que pode dar tudo à humanidade se esta se apresentar como justa, comedida, equilibrada e racional…

Sem comentários: