quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Chão de terra batida...

Os Orçamentos arquitetados pelos Estados são uma espécie de gamela transportada em camião de 14 rodados e que ao longo do caminho por falta de dinheiro vivo, vão tirando pneus para vender, suportando dessa forma as despesas para levar o Orçamento ao destino – tal habilidade orçamental como só pontualmente resolve os enguiços dum modelo estafado pelo sistema da “contabilidade de saco”, obriga a recorrer a impostos e mais impostos, mas como este sistema também não resolve, aplicam-se taxas e mais taxas e dum momento para outro e na falta de outra solução mais “engenheira”, os Estados que ainda se auto intitulam de democratas até à raiz dos cabelos, negam com empenho tudo o que ninguém exigiu em duplicado – supõe-se que por puro altruísmo, quiseram pontuar com inusitada desfaçatez incompreensível nos momentos do chamado sufrágio universal e perderam a cabeça – estradas, auto estradas, hospitais, escolas, universidades em cada esquina e um nível de vida de acordo com os valores da dignidade humana onde uma casa para todos, entre muitos outros prometimentos, eram pilares indestrutíveis nos mil anos que aí vinham e reveladores da criatividade divina que fazia adivinhar o palpitar com arritmias o coração do novo paradigma que riscaria do mapa a fatalidade dos portugueses serem com demasiada cronicidade um povo intrinsecamente campónio, paupérrimo, contrabandista e com o destino marcado na fuga para outros hemisférios sempre mais avançados e muito mais abastados – "os noir, os bidom ville, os tugas os Zé do garrafão" e outros epítetos e bem ao contrario de serem indicadores negativos ou ofensivos da dignidade portuguesa, marcam a raça que de todo certificam, não merecendo de modo nenhum serem “chefiados” por carradas de políticos arguidos que até ao “trânsito em julgado são inocentes”, mas que se condenados a maior parte das vezes não lhes acontece nada…

Todos compreendemos que temos direito à dignidade, mas não se compreende que alguns e por força dum estatuto astuto mas deserto de competência ética, nos force a pagar, vivendo a vergonha de voltar ao patamar que segue o chão de terra batida…

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