quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A maldição de Salazar, não pode ser hoje a razão de tanta incapacidade.

Um País soberano, não devia estar subjugado às intenções subjectivas duma “democracia” parda, que se resguarda na pequenez política, na perfídia e na imaturidade profissional…

O executivo governativo em funções, desejava fazer crer aos portugueses distraídos, que tudo tentou para responsabilizar a oposição no Orçamento para 2011, onde recorreu ao artificio de engendrar receitas em mais aumentos de impostos que asfixiam as classes médias (a alta não) e para dar um toque populista, desancou no abaixamento dos salários da função pública, que sabe, serem do gosto do povo que trabalha nove horas por dia e no fim da maratona obtêm uma reforma desligada do contexto.
Mesmo com o orçamento aprovado na generalidade os credores continuam a subir os juros sobre a dívida soberana, mas paradoxalmente com esta atitude empurram os portugueses para a “banca rota” com uma celeridade incompreensível – a Alemanha, com o trabalho de casa executado ao pormenor, “deu” milhões para desenvolvimento, mas agora e conforme plano, fecha lentamente a torneira, permitindo que a agonia escorra a pingo demonstrando a argúcia de raposa ladina, que limpou o galinheiro, já que todos percebem hoje que os milhões financiados eram para “comprar” a ingenuidade da “dolce vita” dos políticos sem preparação e vindo sabe-se lá de onde – a Europa subdesenvolvida e que ambiciosamente aderiu ao €, em vez de trabalhar no duro, para implementar e executar, facilmente se deixou aliciar pelos milhões, pensando que “o motor alemão”, apoiaria sem retorno, o desaforo da desgovernação dos magos que pensavam que o Tratado de Lisboa aprovado com alarido, seria o “ El dorado” – ontem pavoneavam-se, gozando com deleite o paraíso, hoje com os olhos enterrados nas órbitas e as rugas a lavrarem-lhe as faces, apresentam-se no palco com a máscara de quem passa a tortura das noites consecutivas sem dormir – ter o cutelo sobre o cachaço, ser humilhado com pedidos de milhões todas as semanas para pagar salários, deve ser um verdadeiro pesadelo e muitos que transitam pelos corredores do poder, se pudessem fugir sem vergonha, de certeza que já o teriam feito – não podem no entanto queixar-se, foram avisados várias vezes das consequências de tal beco sem saída, restando inquirir com o dedo em riste, como é que um Primeiro Ministro e um Ministro das Finanças, permitiram tal desaforo económico-financeiro? O FMI esteve em Portugal noutras datas, assinalando com preocupação a reincidência de sucessivas governações “marialva” e todos ficamos perplexos com atitudes de relaxamento estratégico repetido à exaustão e que colocam Portugal mais uma vez na “corda bamba”, a não ser que o “palhaço” tire da cartola” um ilusionismo qualquer – caso não apareça uma solução de última hora, o crime de “lesa estado” deve ser levado a tribunal e ser julgado sem sentimento solidário para quem manipulou as contas do estado durante tanto tempo, ocasionando um furacão financeiro e económico, que lesou milhares de portugueses.

Os portugueses, que infelizmente não podem reclamar com base em nenhum fundamento democrático, só podem constatar com tristeza a vulgaridade profissional com que são governados, arcar com os custos que aí vêm e esperar que a dívida soberana e os credores internacionais que a suportam com juros chorudos, se sentem e estudem uma moratória qualquer para sair do “nó cego que aplicaram” e assim se prorrogue por mais algum tempo, uma situação inclassificável e insustentável – o que está a acontecer, quase com indiferença do povo, é um conto do vigário inimaginável que ninguém esperava que fizesse história, mas alguns politiqueiros desligados de ideologia e ética estatutária deram-lhe voz, espaço e luzes matizadas de vermelho vivo…

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